CASANDO NA ISLÂNDIA

Casamento para mim é olho no olho. Aquele que passa pelo dia a dia, por festas com os amigos e formalizações, mas sempre se confirma no olho no olho. Sempre acreditei nisso e quando sou convidado para elopements, como esse da Laura e do Diego, meus olhos brilham e rola uma identificação imediata.

Qual a proposta? Passar quatro dias passeando pelas estradas da Islândia e em uma manhã parar em frente à mais icônica cachoeira do país, olhar no olho e dizer tudo aquilo que o outro representa para sua vida. Sem mais ninguém, sem pose, sem rituais. Sem protocolos. Apenas ser, um para o outro.

Eram 3h da manhã quando saímos do aeroporto de Reykjavík e o céu estava pintado de azul e laranja. Nessa época não anoitece e pela proximidade ao polo norte, mesmo no verão, o frio é bem intenso. A Laura acreditou que isso iria acontecer e já se precaveu com um hotel em Keflavík, quentinho e confortável. Poucas e abençoadas horinhas de sono que recuperou a galera da noite mal dormida nos aeroportos.

Logo na sequência já pegamos estrada. Só existe uma principal aqui, a Estrada 1, que contorna a ilha inteira. Dois dias são suficientes para percorrer os mais de 1200km da estrada, mas nossa ideia era outra. Queríamos desbravar a costa sul e aproveitar mais essa região. Então escolhemos o vilarejo Vik como ponto de apoio e do maravilhoso Hotel Kría partimos toda manhã para algum canto da ilha com o objetivo de casar de alguma forma. Celebrar a rigor, mas sem testemunhas. Um momento íntimo onde tudo que importa é aquela voz e aquele olhar cúmplice que diz: é isso que quero viver e só poderia ser contigo!

Dia louco foi esse! Não acreditávamos naquele lugar. A Caverna do Yoda achamos por um acaso, uma dica de um português que encontramos no hotel e nos contou que isso existia essa caverna próxima. Cansados e extasiados, comemos um burger no vilarejo e fomos para o hotel beber alguma coisa e ver as fotos. "Rapidinho e vamos dormir", dizíamos. Algumas horas depois…

No dia seguinte…

…chegamos em uma região chamada Jökulsárlón, que quer dizer algo como Laguna dos Icebergs. Por ali passam icebergs do tamanho de um ônibus que vão em direção ao mar, se fragmentando e colidindo uns com os outros. Um espetáculo que nos segurou por um tempão ali!

Na volta chovia. Chovia mesmo! Mas ficamos curiosos com um campo verde que cruzamos no caminho de ida. Descobrimos depois que era um campo de lava, uma grande extensão de lava vulcânica que se estende por centenas de kms. Não resistimos, paramos na beira da estrada e encontramos uma pequena trilha por ali. Mesmo debaixo de chuva fomos dar uma olhada e foi uma das coisas mais loucas que já vi na vida. Arrebatador!

Por fim, o dia que a gente mais aguardava… Vík ì Myrdal, Skógafoss waterfall, Reynisdrangar, Dakota Wreck, Reynisfjara, Seljavallalung. Mas vamos por partes… e em imagens!

Essa história toda tem uma trilha sonora no Spotify.

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