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MARI & GAFAÑA: CASAMENTO NO SÍTIO

     Era um sábado e eu estava em um casamento na Charqueada Boa Vista, em Pelotas. No final de tarde, à beira do rio, as pessoas se acomodavam no gramado esperando a cerimônia começar. Eu trocava uma idéia com o Matheus Costa e ele me comentou que o Marcelo Gafaña ia se casar. Conhecia o Gafaña desde a época da banda Canastra Suja, mas não tinha muito contato com ele. Alguns amigos em comum mas paramos para bater um papo algumas poucas vezes até então. De qualquer maneira, sempre achei que esse cara vibrava a mesma energia e era massa ver ele e a Mariana juntos. Típico casal querido. Naquela ocasião o Gafaña estava fazendo o video do casamento junto com o Eduardo Souza e quando o Matheus me comentou isso, falei pra ele na mesma hora: "Sério? Queria muito fotografar o casamento deles". Saí de onde eu estava, passei pelos convidados e falei sem rodeios: "Verdade que você vai casar cara? Me conta mais, quero fazer parte disso".

     Ele me contava que logo quando começaram a pensar no casório, a vontade era de fazer tudo ao ar livre, de dia e com muito verde de preferência. Viram algumas opções de lugar, mas perceberam que a melhor de todas estava debaixo dos seus pés. A Mariana morava em um sitio fora da cidade, feito pelo avô. Cada filha tinha uma casa por lá e a Mari morou em uma delas com seus pais até se mudar para a cidade. Segundo o Gafaña, tinha um galpão no sitio onde guardavam vários objetos "sem utilidade" e que serviriam para decorar o casamento. Aquilo me soava interessante demais e quanto mais ele falava mais eu me empolgava. Combinamos de falar mais sobre tudo isso depois daquele dia.

     O casamento deles iria ser no dia 16 de dezembro do ano passado e seria meu último casório de 2016. Confesso que eu estava ansioso para que esse dia chegasse, por diversos motivos. Vamos aos detalhes...

     Em uma certa manhã a Mariana resolveu andar pelo sitio e quando chegou no galpão onde estavam as coisas que iriam usar no dia do casamento, olhou para o lugar e em um ato visionário viu aquele espaço fechado e cheio de tralhas como perfeito para se casar. Chamou o Gafaña e igualmente ele viu o mesmo. Teriam que apenas, tirar toneladas de entulho, desfazer um antigo galinheiro, reacomodar carroças, cortar o mato que tomava conta do interior... e decorar. Por um mês inteiro, todos os dias, eles faziam algum trabalho pesado por lá. Faltando uma semana para o casamento, os padrinhos montaram acampamento no sitio e junto com eles, fizeram tudo acontecer. O drama era descrito nas palavras de um deles: "Eu não consigo ver um casamento acontecendo aqui".

     No sábado, dezesseis, cheguei junto com o Matheus por lá, perto do meio dia. Desci do carro e logo o Gafaña e a Mariana vieram nos encontrar e nos dar um abraço. Existia uma movimentação no lugar, mas ao mesmo tempo a energia era muito positiva. Todo mundo na mesma vibe. Logo ao lado da casa da Mari, vi um antigo pergolado com duas cortinas de voal que seguiam o movimento do vento, logo abaixo de enormes árvores que sombreavam todo o espaço onde seria a cerimônia. Cestos, flores e caixotes de madeira davam cor e vida pro espaço. Um caminho logo atrás levava a entrada do galpão, com uma fachada de zinco que se escondia abaixo de árvores e arbustos. Todo o interior era decorado com peças que antes fazia parte, não só do que já estava por ali, como das casas da família da Mari que fazem parte do sítio. Era nítida a mão de todos naquele espaço.

     Quando se cria junto, se comemora junto. Parceria é isso e são nessas horas, no maior perrengue, que separamos o joio do trigo. Sentir-se bem por ver o outro bem. E pelas horas seguintes eu só vi gente feliz, vibrando igual... e foi longe.

     Aquilo que jogamos pro mundo é o que vamos ter de volta. Terminei o ano agradecendo por tudo que vivenciei, mas minha maior gratidão está em ter pessoas assim próximas... na mesma vibe!

     Minha vontade é de falar aqui todo detalhe do casório desses dois que me chamou a atenção, mas vou deixar as fotos falarem por si. Dá um play aqui embaixo e sente um pouco o que foi...

     Um agradecimento todo especial pro Matheus Costa que não só me deu a noticia do casório deles, como ajudou a deixar essa história aqui encima completa com suas fotos. Não só está sempre disposto a fotografar junto comigo, como é aquele irmão pra todas as horas. Valeu parceiro, a gente tá junto!

     Organização da Karoline Schneid, decoração foi dos noivos, famílias, padrinhos e amigos, vestido da Neida Freitas, bouquet da Tânia Krause, make da noiva foi da Claudia Souza, make das madrinhas e cabelo do noivo das meninas da ChikLik, buffet da Manoela Neves da Satolep Cook, doces da Satolep Cook, Rei do Quindim e da Alice Doces Finos, bebida do Gilsoni Cardoso, som da Onda Som, DJ foi a Elisa Gerber e fotografia minha e do Matheus Costa